A Questão
Nas cidades de Manchester e Londres, certos ataques atingiram vidas inocentes.
Hoje, assim como todos os dias, de forma variada, em locais variados por todo o mundo.
Muitos desses atos são observados, no entanto, a maioria passa despercebida.
Dos eventos que chegam ao público através da mídia, para aqueles que nunca alcançam um público mais vasto e aqueles que podem jamais sair de uma sala solitária ou localização de algum um ponto aleatório, e jamais ser conhecido por outro alguém além do "agressor" e da "vítima ".
A simples pergunta é esta:
Será que aqueles que atacaram essas vidas inocentes o fariam se não tivessem aprendido a perceber ações, palavras e acontecimentos em formato de grupo?
Unificando um ou alguns, em muitos e todos.
É da mesma questão perguntar se é que qualquer retaliação pelos recentes atos é transformada a partir dos atos de alguns ou apenas um, em atos de "muitos e todos".
Dirigido a aqueles com similar aparência, nome, descendência, raça, nacionalidade/localização ou religião? O mesmo espelhado e clonado processo mental daqueles cometendo tais atos de injustiça. Em vez de uma retaliação dirigida apenas para os indivíduos específicos que cometeram tais atrocidades.
Para pensar mais além do passado dos eventos que moldaram e forjaram o mais recente:
Os acontecimentos e as situações vistas, ouvidas ou lidas pelos "atacantes" motivariam esses indivíduos a atacar inocentes, se não tivessem visto, escutado, lido e percebido tais momentos instigantes como um grupo mais amplo?
Que toda uma "raça", "religião", ou "nação" cometeu qualquer que tenha sido a ação ofensiva.
Sobre os eventos que produziram esses mesmos ecos, que soam ainda hoje:
As histórias que todos nós somos ensinados, da maneira que todos somos ensinados. Seja qual for o idioma, seja qual for o foco atual ou o preconceito.
Será que alguém veria e julgaria guerras & atrocidades do presente e passado, como a responsabilidade de uma "nação", "raça" ou "religião" inteira, ao invés de um líder específico, exército ou grupo específico com o mesmo rótulo daqueles que não pensam ou agem de tal maneira?
Será que as vidas dentro de um território sentiriam culpa, vergonha, ou fardo por atos de outros, puramente por viver ou porque viveram em relativa proximidade?
Porque ser de mesma ou similar cor/genética?
Ou dizer ser da mesma fé?
Será que uma "raça", "nação", ou "religião" sentiria culpa, vergonha ou fardo pelos eventos retratados em um rótulo inteiro que, em verdade foram atos de indivíduos?
Será que qualquer um dos descendentes de alguma genética sentiria culpa, vergonha ou fardo pelos genocídios passados, as guerras e o tráfico de escravos que não foram seus atos, e com as quais eles não possuem nenhuma conexão?
Será que nós mesmos, qualquer um de nós, sentiríamos culpa, vergonha ou fardo por guerras, assassinatos, injustiças e inúmeros horrores que, na verdade, não tivemos nada em conexão?
Eventos em que não tivemos parte, exceto através de construções fictícias que são aceitas.
Será que qualquer vida sentiria raiva em relação a nós?
Será que nós sentiríamos raiva em relação a outros que não sejam os indivíduos específicos, responsáveis por qualquer ato provocador ou prejudicial, se não tivéssemos sido ensinados a perceber atos, palavras e eventos como aqueles que estão desconectados em tudo a não ser por um rótulo?
Será que indivíduos atacariam um inocente de tais maneiras se não estivessem lendo, ouvindo e percebendo de forma tão deturpada e injusta?
É uma simples questão.
Uma simples questão com uma simples e pura resposta/solução.
O que faz com que a perda, o sofrimento e injustiças, em todas as nossas histórias, todas as nossas vidas, sejam ainda mais horríveis do que previamente se imaginava.
Apelamos à cada vida;
E pedimos que se recusem a conectar quaisquer eventos, ações ou palavras, com qualquer outra pessoa que não seja diretamente responsável. Independentemente da maneira com que esses eventos forem retratados para o mundo humano.
Recuse-se a aceitar tais retratos. Hoje.
Recuse-se a aceitar tais retratos amanhã.
Recuse-se a aceitar tais representações do passado humano.
Recuse-se a atacar qualquer vida devido a um rótulo de fé, "raça" ou "nacionalidade", vidas que são apenas percebidas por muitos como se fossem as mesmas, por conta apenas de um rótulo. Um rótulo que esconde ambas, as diferenças dentro de tal rótulo, e as similaridades de pensamento, sentimento e sonho de muitas vidas que são vistas como um outro rótulo. Recuse-se a atacar outras vidas por meios físicos, recuse-se também, a atacar outras vidas através de palavras e insultos.
Nenhum exército militar ou arma tecnológica pode acabar com esse ciclo.
Nenhuma utopia econômica. Nenhum acordo ou tratado do governo.
Somente o indivíduo em todos pode acabar com esta situaçāo.
Convocamos cada indivíduo a fazê-lo, e mudar não somente presente e futuro, mas a verdadeira percepção da história humana para todos.